O site de noticias do município de Grajaú, de Djacy Oliver, De Olho em Grajaú entrou em contato com um dos lideres do movimento na Aldeia Cana Brava, o cacique Marcos Mariano, que explicou os motivos da tentativa de interrupção de energia das torres da Eletronorte na TI Cana Brava e falou sobre a reunião.
O cacique disse que o movimento já dura 08 dias na BR-226 e os motivos são porque desde 2012 a população indígena vem sofrendo com esse problema da Eletronorte e que solicitaram via MP (Ministério Público) os estudos dos danos dos impactos ambientais, que as torres das linhas de transmissões causam na terra indígena, onde eles não podem utilizar da terra onde passa a linha.
Ele disse que a Eletronorte vem sempre enrolando os povos no acordo que foi feito e chegou certo momento que em 2014 foi solicitado um apoio emergencial onde foi deliberado um repasse, para comprar alimentação para os indígenas.
Segundo o cacique a própria Eletronorte criou o PBA (Plano Básico Ambiental), onde este projeto foi feito oficina em cada aldeia, e esse projeto PBA não está mais acontecendo.
Marcos Mariano relata que a Eletronorte veio junto com a FUNAI para contratação da empresa, um contrato que duraria 90 dias, como já faz anos de enrolação, foi proposta que se entregassem cestas básicas, mas, os indígenas não aceitaram e queriam a execução do programa e foi por isso que gerou esta manifestação pacifica sem greve.
Ele finalizou dizendo que é por isso que vieram o pessoal da Eletronorte com a PF, mas só os representantes da Eletronorte entraram na reserva para a reunião, já que não está autorizada a entrada da policia na reserva, por isso ficaram no limite da terra indígena com o Povoado Sabonete.